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VIAGEM À ILHA DE SATANÁS
1.ª
edição
Lisboa, 1997
Expo 98
57, [1]
págs.
Ilustração e grafismo de
Luís Filipe Cunha.
"Vozes essas que não tardaram muito a dar notícia do
aparecimento da ilha, seja dito. E diga-se também que daí não
veio surpresa ao Ponta de Sagres, posto que no segundo
dia da descoberta já dois aviões da força costeira americana
tinham sido vistos a sobrevoar a erupção e a seguir a eles
outros forasteiros, entre os quais um monstruoso helicóptero a
filmar mesmo em cima das labaredas da lava e a lampejar cifras
obscuras, um navio do Instituto Geofísico Soviético, um
cargueiro com bandeira panamiana, um submarino uma corveta T123,
enfim um desfilar de peregrinos á babugem que, na maioria dos
casos, eram de pouco demorar. Chegavam, viam e partiam, levando
muito para com eles as mais ardilosas conjecturas. Ao ver Álvaro
Vaz a comunicar com Lisboa, Gonçalo de Singeverga costumava
dizer que não se admirava nada se ali perto já andasse o
pirata-almirante Francisco Drake de caveira no mastro real e
bombardas a assoprar." O livro integra a colecção 98 Mares,
dirigida por Dulce Reis.
fonte:
http://www.citi.pt
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José Cardoso Pires, Viagem à Ilha de Satanás
[reprodução de datiloscrito anotado pelo autor]
Colóquio Letras
N.º 156-160, Janeiro-Junho 2002, pp. 267-284 |
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A carta de marear de Cardoso Pires ou A
viagem do escritor
em busca de uma linguagem.
Por Lara Leal
Semear
N.º 11, 2005, pp. 157-170 |