Recortes de imprensa:

"A propósito dos «Versos Satânicvos»: «Ayatollah» dissidente afirma que Khomeiny é que devia ser condenado à morte". Diário de Lisboa, 23 Fevereiro 1989, p. 16.

"Por delegado britânico: Sentença de Khomeini denunciada na ONU". Diário de Notícias, 28 Fevereiro 1989, p. 11.

"Conferência Islâmica não apoiou condenação de Rushdie à morte". Diário de Lisboa, 17 Março 1989, p. 17.

"Conferência Islâmica reconhece governo dos rebeldes afegãos". Diário Popular, 17 Março 1989, p. 22.

"Por causa de «Versos Satânicos»: Oposição do Irão contra Khomeini". Diário Popular, 23 Fevereiro 1989, p. 16.

"As desventuras do Arcanjo Rushdie", por Berrnard Genies ; "Em defesa de Rushdie e da liberdade de expressão" ; "O legítimo direito de questionar os dogmas". JL: jornal de Letras, Artes e Ideias, 14 Março 1989, p. 7.

"Nagib Mahfus sobre o caso Rushdie: «O Islão não autoriza a condenar à morte»". Diário de Notícias. Caderno 2, 19 Março 1989, p. 11-12.

 




 

OS VERSÍCULOS SATÂNICOS
Salman Rushdie

O director da Al Furqán não se inibiu de classificar de «exagerado» o radicalismo da fatwa, do ponto de vista da doutrina religiosa, pois "em princípio, o Islão não permite que qualquer ser humano seja condenado à morte sem julgamento público". Mas, adiantou, a posição do governo britânico pecava do mesmo excesso, pois "em vez de promover represálias, […] deveria ter proposto ao governo iraniano o julgamento de Rushdie em Tribunal Internacional. Aliás, está programada para os dias 12 e 13 de Março, em Jedah, Arábia Saudita, uma reunião da Organização da Conferencia Islâmica (OCI) para tomar posição contra os «versículos satânicos»."

A própria OCI não apoiou a condenação de Rushdie à morte, não obstante considerar que o livro "transgride todas as normas de civismo e decência e é uma tentativa deliberada de difamar o Islão e a venerada personalidade islâmica." Por conseguinte, a OIC lançou apelo às editoras de Rushdie para retirarem Os Versículos Satânicos de circulação e também apelou à comunidade internacional para que aprovasse leis para proteger as crenças religiosas; simultaneamente, recomendou aos Estados membros para boicotarem as editoras que mantivessem o livro no mercado e para desenvolverem esforços, individuais e coordenados, a fim de garantir «o respeito pelo Islão em todo o mundo, e a proteção e a salvaguarda dos sacramentos islâmicos.

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