Recortes de imprensa:

"«Ayatollah» Khomeini condena à morte autor do livro "Os Versos Satânicos»". Diário de Notícias, 15 Fevereiro 1989, p. 13.

"Khomeini manda matar escritor britânico! O livro sobre Maomé foi considerado insultuoso." Jornal de Notícias, 15 Fevereiro 1989, p. 20.

"Com a cabeça a prémio"- "Quase meio milhão de contos pela cabeça de Rushdie". Diário de Lisboa, 16 Fevereiro 1898, pp. 1, 22.

"Irão dá 390 mil contos pela execução de Rushdie". Diário Popular, 16 Fevereiro 1989, p. 40.

"Embaixador do Irão no Vaticano aceita matar o escritor Rushdie" ; "Livros proibidos e queimados". Diário Popular, 17 Fevereiro 1989, p. 17.

"«Esquadrões da morte» islâmicos a caminho da Grã-Bretanha para tentar matar Rushdie". Jornal de Notícias, 17 Fevereiro 1989, p. 20.

"Por 5,5 milhões de dólares: Assassinos de Khomeini procuram «autor blasfemo»", por João Carlos Silva e Maria Teresa Guerreiro. Expresso, 18 Fevereiro 1989, p. 18.

"Com a cabeça posta a prémio pela teocracia iraniana, eis Salman Rushdie, romancista e mártir", por Manuel João Gomes. JL: jornal de Letras, Artes e Ideias, 21 Fevereiro 1989, p. 3.

"Desta vez em Beirute: «Versos Satânicos» sob novas ameaças". Correio da Manhã, 24 Fevereiro 1989, p. 35.

"Manifestação contra Rushdie causa 12 mortos em Bombaim. Polícia prendeu pelo menos 800 pessoas". Diário Popular, 25 Fevereiro 1989, p. 13.

"A blasfémia de Rushdie e a luta de Khomeini", por Maria Teresa Ribeiro. Expresso, 25 Fevereiro 1989, p. 19.

"Islão: Ordem para matar", por F. V.. Correio da Manhã, 26 Fevereiro 1989, p. 34.

"Khomeini multiplica ameaças...", por José Cardoso, Ana Navarro Pedro e Maria Teresa Guerreiro. Expresso, 4 Março 1989, p. 20.

"Sobre o caso Rushdie". Al Furqán, Ano VIII, N.º 48, mar.-abr. 1989, p. 25.
 

OS VERSÍCULOS SATÂNICOS
Salman Rushdie

Lançado em Londres em Setembro de 1988, o livro desencadeou uma onda de fúria dos fundamentalistas islâmicos, que irrompeu na Índia e rapidamente se espalhou por outros países asiáticos e não só, sob a forma de manifestações de rua, assaltos a livrarias e confrontos com as forças de segurança, que provocaram mortos, feridos e danos materiais. Por terem ocorrido longe, estes primeiros incidentes passaram praticamente despercebidos na Imprensa ocidental. Mas não foram ignorados pelo Ayatollah Khomeini que, desgastado pelos anos de guerra contra o Iraque e em declínio entre os muçulmanos, viu ali a oportunidade de se relançar como grande líder carismático e mais forte defensor do Islão perante a ameaça do imperialismo ocidental.

O “caso Rushdie” tornou-se notícia na imprensa nacional após 14 de Fevereiro de 1989, quando o Ayatollah Khomeini, líder da revolução islâmica e chefe de Estado do Irão, anunciou ao mundo a sua fatwa (sentença religiosa) condenando à morte o autor dos Versículos Satânicos e todos os que se envolvessem na publicação do livro, por considerar que constituía uma blasfémia contra o Islão, o Profeta e o Corão. Todos os muçulmanos foram convidados a executar a sentença e até foi oferecido um prémio para quem a conseguisse concretizar.

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