LISBOA
XXVII, TERÇA FEIRA, 7 DE JULHO DE 1761

 

SUPPLEMENTO DAS NOTICIAS DE LISBOA DE 17 DE FEVEREIRO DE 1761
VII

 


Publicou-se com este título entre 6 de janeiro de 1761 e 15 de julho de 1762

Quando reapareceu, a 22 de julho de 1760, além de se apresentar com este título minimalista, a publicação já estava mais integrada na órbita do Estado. O então Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal, decidira conceder o «Privilégio exclusivo de fazer a Gazeta e mais papeis das notícias Estrangeiras» aos oficiais da Secretaria d’Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, que por esse labor beneficiam dos proveitos resultantes da venda (Decreto de 23 de fevereiro de 1760). Da redação ficou incumbido um desses oficiais, também poeta, de nome Pedro António Correia Garção (1724-1772). A impressão passou a ser assegurada pela oficina tipográfica da referida Secretaria.

Sublinham-se as alterações gráficas então ocorridas. Desde logo no cabeçalho, onde as armas reais foram substituídas por uma ilustração representado o génio da fama a soprar na sua tuba, da qual pende a bandeira portuguesa. O texto passou a estar distribuído por duas colunas.

Os oficiais deram prosseguimento à publicação regular dos suplementos, mas o número de páginas foi reduzido, o mesmo se verificando na edição principal.

A 15 de junho de 1762, por ordem do mesmo Secretário de Estado, a Gazeta foi suspensa. Embora não seja claro o motivo que esteve na origem dessa decisão, a maioria dos estudiosos referem-se ao desagrado provocado por alguns artigos menos favoráveis ao governo.

 
     
 

 

 
     
     
 

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