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GAZETA DE LISBOA
Num. 1,
Terça feira 4 de Agosto de 1778
Publicou-se com este
título entre 4 de agosto de 1778 e 30 de dezembro de 1820
Depois de
uma longa interrupção de 16 anos, no reinado de D. Maria I, a
folha reapareceu com o título original. O privilégio fora
novamente concedido aos oficiais da referida Secretaria dos
Negócios Estrangeiros e da Guerra. No essencial, a Gazeta
continuou focada nas mesmas matérias e manteve as suas
características materiais.
A
publicação de suplementos, em dia diferenciado foi retomada
e até intensificada, a partir de janeiro de 1779, com a
publicação de um 2.º suplemento. A Gazeta propunha-se realizar
três edições por semana: à 3ª feira, a principal; à 6.ª
feira, o 1.º suplemento; ao sábado, o 2.º suplemento. A necessidade da
nova edição resultava, por um lado, do aumento da matéria
noticiosa resultante da «fermentação politica que agita os
diferentes Estados, na conjuntura em que vivemos» e, por outro
lado, da vontade de corresponder a diferentes públicos:
«esperamos evitar deste modo o fastio que causa a algumas
pessoas a leitura destes longos Artigos, em que não achão
interesse; e ao mesmo tempo satisfazer a curiosidade de outras,
que conhecendo a importância destas matérias, se queixavam de
lhes ser retardada a noticia dellas.» (Cf.
1.º suplemento ao n.º 1, 8 de janeiro de 1779, pág. 8)
Neste
período, foram redatores da Gazeta: Félix Antonio
Castrioto (?-1798), a quem terá sucedido José Agostinho
de Macedo (1761-1831); e também há estudos que invocam
a colaboração de Félix Avelar Brotero (1744-1828).
Começou por ser impressa na «Regia Officina Typographica, mas a
partir de janeiro de 1805 passou para a Officina de Antonio
Rodrigues Galhardo.
Durante o
domínio dos franceses (1808) e, mais tarde, no contexto da
revolução liberal e das lutas políticas subsequentes, registaram-se
mudanças que importa assinalar. Desde logo no ritmo de edição: a
partir de julho de 1809 a Gazeta de Lisboa
tornou-se diária. |
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