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CANÇÕES
António Botto
O “caso” eclodiu nas páginas da recém-fundada revista
Contemporânea, tendo por
protagonistas
Fernando Pessoa e
Álvaro Maia.
O primeiro, publicou um longo artigo a elogiar as
Canções
de António Boto, enquadrando o poeta no ideal estético grego
que, na sua opinião, se distinguia por não se guiar por
preconceitos de natureza metafísica ou moral, por buscar e
revelar a beleza e o prazer na vida real, sem rejeitar ou
falsear as suas “supostas” imperfeições. Também elas eram parte
da realidade e, como tal, era imprescindível alargar «o conceito
e o sentimento d’ella».
Segundo Pessoa só a Arte podia auxiliar e conduzir essa
trajetória conciliadora e libertadora, essa recriação de
paradigma. (Fernando Pessoa, «António Botto e o Ideal
Estético em Portugal». Contemporânea, n.º 3, de Julho de 1922,
pp. 122-126)
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