Veja a canção vencedora

“Uma canção para a Europa”, à inglesa, ou seja, um só nome para todas as canções a concurso. Mais de uma centena de propostas, onde se incluiu o tema “Lisboa Menina e Moça”, recusado pelo júri mas que se tornaria num dos maiores êxitos de Carlos do Carmo, o intérprete deste festival, elogiado pela seriedade profissional (Diário de Notícias). As oito canções selecionadas foram votadas pelo público, através de boletins publicados na imprensa. Ainda hoje é considerada a melhor edição de sempre, no que concerne à qualidade poética e musical. O voto democrático, mas por muitos visto como viciado, deu a vitória a “Uma Flor de Verde Pinho”, sobre a qual se escreveu que a Europa nunca iria perceber a sua beleza e composição musical (O Século). O mesmo periódico, depois dos resultados na Holanda, questiona: “Porque concorrer para não ganhar?” (O Século), ao que Carlos do Carmo defendia que a participação portuguesa deveria continuar por causa dos emigrantes e para estimular a economia, pela promoção do país que é estar presente da Eurovisão. Depois desta participação, pedia-se “um meio-termo desejável, um ovo de Colombo de mãe-galinha portuguesa” (O Século Ilustrado).

 
       
 

O Século Ilustrado, n.º1984, 9 de Abril de 1976, pág. 59
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