Veja a canção vencedora |
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O festival da RTP continuou e manteve a confiança no público
para a escolha exclusiva da canção portuguesa na Eurovisão, a
partir de “As Sete Canções”. E uma novidade: cada canção teve
duas interpretações diferentes. Houve quem descrevesse as
canções como “terríveis, fúnebres, tontas” (Diário de
Notícias), no meio da compita política em que se tornou a
rivalidade entre as afetas ao Partido Comunista e ao Partido
Socialista. Já, no ano anterior, isso se percebera. Venceram
“Os Amigos”, que puderam contar com mais amigos na votação.
Antes da partida para Londres, confessavam ir cantar
essencialmente para os portugueses e não para os estrangeiros,
mostrar um país novo, a entender a Liberdade, mas os
responsáveis da BBC começaram a preocupar-se pelo facto de a
política se ter infiltrado no certame, através da letra de Ary
dos Santos. “Os Amigos” deram que falar, mas não trouxeram a
vitória para Portugal – “Mais uma vez em terras estrangeiras
Portugal com uma fraca canção!” (Nova Gente). Foi uma
luso-francesa que brindaria a Europa com uma balada
festivaleira. Há quem diga que foi a vez em que Portugal venceu
a Eurovisão, mesmo não o sendo, de facto.
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