Veja a canção vencedora |
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As oito canções finalistas
foram todas cantadas por intérpretes masculinos. Esta realidade
seria aproveitada pela imprensa para entrevistar as cantoras que
ficaram de fora – “acho que a presença feminina faz falta. Dá
uma nota de charme” (Plateia), confessou Simone de
Oliveira. Carlos Mendes deu uma festa a todos os outros,
cantando um tema considerado por todos e por ele próprio
superior ao “Verão” de quatro anos antes. Pela primeira vez,
houve o Prémio Interpretação, conquistado por Duarte Mendes,
bastante elogiado. A caminho de Edimburgo, a imprensa ia
noticiando a campanha orquestrada por Carlos Cruz, as versões em
inglês e francês, a presença do kit promocional nas
montras da cidade britânica, o filme captado à chegada da
comitiva portuguesa, enfim, o ambiente propício para um grande
resultado, não fossem já as influências externas e o jogo
negocial. Elogiaram-se a prestação de Carlos Mendes, a
realização do espetáculo e a transmissão televisiva. No final,
ainda assim, a melhor classificação para Portugal, onde apenas
30 televisores puderam ver a edição a cores, a primeira a chegar
assim ao nosso país. Por cá, Fernando Tordo dissera que seria a
sua última vez num festival da RTP (Diário Popular),
depois da sua péssima classificação. Mas enganou-se, voltou a
concorrer no ano seguinte, e ganhou.
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