Recortes de imprensa:

"Na Assembleia Nacional: Vivo diálogo entre o orador e o deputado Casal Ribeiro". Novidades,
29 Novembro 1972, pp. 1, 5.

"Diálogo em S. Bento sobre conceitos de Liberdade".
O Comércio do Porto
, 29 Novembro 1972, pp. 1, 5.

"Conceitos divergentes sobre a Liberdade". Diário de Lisboa,
29 Novembro 1972,
pp. 21, 28.

"Assembleia Nacional: Diálogo". República, 29 Novembro 1972, pp. 9-10.

"Passos Perdidos", por Alves Fernandes. O Século, 29 Novembro 1972, p. 5.

"Assembleia Nacional: O valor de uma homenagem". Vida Mundial, 8 Dezembro 1972, pp. 4-7.

"Melo e Castro e a sua política evocados na Assembleia Nacional". Jornal do Fundão, 10 Dezembro 1972, p. 8.
 

DINOSSAURO EXCELENTÍSSIMO
José Cardoso Pires, com ilustrações de João Abel Manta

Para esta aparente (e intrigante) tolerância da Censura em relação ao Dinossauro Excelentíssimo, que não impediu nem a sua promoção na Imprensa - ainda sujeita ao regime de «Censura Prévia», agora camuflado sob a designação «Exame Prévio» -, nem ordenou a apreensão do livro e a criminalização do autor, do ilustrador, da editora e da empresa tipográfica, terão contribuído vários fatores, nomeadamente o prestigio de José Cardoso Pires e a sua rede de relações de amizade e profissionais dentro e fora do país; o facto de o Dinossauro ter sido publicado, simultaneamente, em Portugal e no Brasil, o que lhe conferiu uma maior visibilidade; e a imagem de líder de um processo reformista de liberalização e democratização do país que Marcelo Caetano queria projetar dentro e fora de fronteiras.

O Dinossauro Excelentíssimo foi mesmo evocado na Assembleia Nacional pelo deputado Casal Ribeiro, da União Nacional, como prova da liberdade de expressão existente no país, num debate com o deputado Miller-Guerra, da Ala Liberal. O episódio ocorreu a 28 de Novembro de 1972 e teve uma grande repercussão na imprensa. Muitos jornais diários, de todos os quadrantes, publicaram integralmente o diálogo acalorado que se estabeleceu entre os dois deputados, além de o destacarem graficamente. Quer isto dizer que, com a sua intervenção, o deputado Casal Ribeiro deu o clássico “tiro no pé”, pois não só deixou a Censura de “mãos atadas”, como deu nova visibilidade ao Dinossauro, renovando a curiosidade e o interesse da opinião pública pelo livro.

5/8

         
            
   © 2018 | Hemeroteca Municipal de Lisboa