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Recortes de imprensa:
"Alemanha dividida sobre confissão de Günter Grass".
Diário de Notícias, 15 Agosto 2006, p.
35.
"Günter Grass diz que querem fazer dele «um monstro»".
Público, 16 Agosto 2006, p.
23.
"Também tu, Günter!". Visão, 17 Agosto 2006, p.
26.
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DESCASCANDO
A CEBOLA :
AUTOBIOGRAFIA 1939-1959
Günter Grass
Como o tempo se
encarregou de confirmar, esse seu objetivo de “clarificar”,
procurando e expondo a verdade do seu passado, pondo a
descoberto as raízes, as motivações e as circunstâncias que o
podiam explicar, era potencialmente controverso e, portanto,
arriscado. Tanto mais que Günter Grass gozava do estatuto de
intelectual de esquerda, reclamava por elevados padrões morais e
éticos, e intervinha frequentemente no espaço público em defesa
dos valores, princípios e ideias políticas em que acreditava.
Uma torrente de manifestações de surpresa indignada, de forte
censura e repúdio ressoou pela imprensa, protagonizada por
figuras e instituições de relevância internacional, que defendem
a revisão do reconhecimento anteriormente prestado ao escritor,
ao intelectual, ao ativista e ao homem: que renuncie ao título
de cidadão honorário da cidade polaca de Gandsk (ex Danzig),
reclamavam uns; que lhe seja retirado o Prémio Nobel da
Literatura recebido em 1999, exigiam outros.
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