Recortes de imprensa:

"Günter Grass: «Para mim as SS nada tinham de intimidante»", entrevista por Frank Schirrmacher e Hubert Spiegel. Visão, 24 Agosto 2006, pp. 15-18.

"Günter Grass: «A pele debaixo da pele da cebola»", por Helena Ferro de Gouveia. Público, 20 Agosto 2006,
pp. 30-31.

 

DESCASCANDO A CEBOLA :
AUTOBIOGRAFIA 1939-1959

Günter Grass

Para Günter Grass, a passagem da narrativa ficcional, na terceira pessoa, para a narrativa autobiográfica de Descascando a Cebola, formulada como um longo e meticuloso exercício introspetivo, representava a assunção final da sua responsabilidade ou “culpa” naquele capítulo negro da História da Alemanha. Uma espécie de auto julgamento que, para cumprir o desígnio do seu juiz inquisidor, tinha de ser submetido ao tribunal da opinião pública:

«Eu queria, sobretudo, dar clareza ao que aconteceu, em particular, a certas coisas passadas comigo. O que tinha [impedido] o rapaz que eu era na altura […] de colocar as perguntas certas? Era um miúdo desperto, mesmo insubordinado mas não fazia as perguntas cruciais. Era assim. Não queria só descrever o passado, dizer como era, mas queria falar disso. Porque a questão é essa: dizer.» - explicou Günter Grass na referida entrevista, que foi depois publicada na revista Visão, de 24 de Agosto de 2006.

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