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CANÇÕES
António Botto
No mês seguinte, Raul
Leal saiu em defesa de António Botto no jornal
O Dia, com um artigo intitulado «Antonio Botto e sentido intimo
do Rythmo» (16 de Novembro de 1922, p. 2).
Desvalorizando a questão temática,
contra-argumentou que a moral não era o critério apropriado para
avaliar a Arte; recordou que o «quasi divino Teixeira de
Pascoaes» fora um dos primeiros a reconhecer e a admirar a veia
poética de Botto; e enfatizou a sua sensibilidade, inédita,
capaz de exprimir o ritmo próprio, «íntimo», da «ansiedade
luxuriosa» - faculdade ou ‘dom’ que lhe dava uma dimensão
«universalmente portuguesa».
A imprensa manteve a sua estratégia
de silêncio ou de prudência. Pouco tempo depois (entre
Dezembro de 1922 e Fevereiro de 1923), Raúl Leal voltou à carga e
publicou, agora através da editora Olisipo, o livro panfletário
Sodoma
Divinizada (Leves reflexões teometafísicas sobre um artigo),
o de Álvaro Maia, obviamente, com o objetivo declarado de
«ataca-lo nessa crítica tão insensata quão vazia».
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