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Recortes de imprensa:
"Agente secreto espanhol revelou em 1972 Como mataram Humberto
Delgado". O Século Ilustrado, n.º 1897, 18 de Maio
de 1974, pp. 22-26, 29 e 64.
"Verdade
de Argel hoje a público: a morte de Delgado (e as culpas dos
políticos) esclarecida em livro?".
O Século, 22 de
Outubro de 1976, pp. 1 e 5..
"Mário Soares - Cunhal, Lopes Cardoso e Emídio Guerreiro
acusados de implicação na morte de Humberto Delgado - num livro
de Henrique Cerqueira hoje posto à venda".O Dia, 23
de Outubro de 1976, pp. 1 e 24. |
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ACUSO! SOARES,
CUNHAL, EMÍDIO GUERREIRO, LOPES CARDOSO NA MORTE DE HUMBERTO
DELGADO
Henrique Cerqueira
O livro foi anunciado no dia 22 de Outubro de
1976 no jornal
O Século. No
dia seguinte, já estava nos escaparates de algumas livrarias e
era notícia nos principais periódicos, elevando
consideravelmente o ruído e a agitação vivida no país, que ainda
ensaiava a institucionalização do regime democrático, após 40
anos de ditadura.
A morte do general Humberto Delgado, em Fevereiro de 1965, ainda
não estava esclarecida. Por isso mesmo, o assunto manteve-se
“vivo”, alimentado por informações e insinuações veiculadas
através da imprensa (nacional e estrangeira) e outros canais.
As primeiras suspeitas haviam recaído sobre a polícia espanhola
de Franco. Nos últimos anos do Estado Novo, entre as
várias forças da oposição era, aparentemente, consensual a ideia
de que o general fora assassinado pela PIDE.
A revolução do 25 de Abril
e o clima de liberdade instituído pelo novo regime permitiu que
o tema da morte deste herói nacional da resistência à Ditadura
fosse recuperado e reanalisado na imprensa. Mas no contexto da luta
ideológica e política que então se desencadeou, surgiram outras
“teses”. A de Henrique Cerqueira que denunciava o envolvimento
dos
líderes das
principais forças partidárias, alguns dos quais membros do I
Governo Constitucional ‒ como era o caso de Mário Soares,
primeiro-ministro, Lopes Cardoso, ministro da
Agricultura
e Pescas e outros ‒ foi
das que causou maior impacto.
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