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Para além do livro comemorativo, foram editados uma moeda de
20$00, quatro selos postais e uma medalha. Leitão de Barros
realizou o filme da obra. E a Volta a Portugal desse ano já
previu a passagem na Ponte:
“A inauguração, logo à tarde, da ponte sobre o Tejo, [sic]
confere, evidentemente, um toque de novidade à «Volta», que se
dará ao luxo de passar, em Lisboa, o Tejo, lá por cima, duas
vezes, sem ir para bichas nem precisar de neutralizações.
A
efeméride será devidamente assinalada, pois o antigo ciclista
JORGE PEREIRA [sic], que correu na Iluminante, comemora o
facto oferecendo uma taça, com o seu nome, ao primeiro ciclista
que «saia da ponte», no lado Sul, na etapa entre Lisboa e
Estremoz.” (A
Bola, 6 de Agosto de 1966: 6).
A
Ponte “grelhou” a Volta, refere-se em A Bola (18
de Agosto de 1966: 4), depois da passagem dos corredores
pelo tabuleiro semiaberto na sua superfície pela existência de
uma faixa em grelha metálica, com sons que a tornam
inconfundível. O dos pneus sobre as grelhas abertas passou a
criar um zumbido constante, porque elas são estruturas
fundamentais para que a Ponte resista à força dos ventos, tal
como o tabuleiro da linha férrea, previsto desde o início e que,
segundo a Gazeta dos Caminhos de Ferro (N.º
1888, 16 de Agosto de 1966: 215), dever-se-ia verificar com
comboio a circular “em futuro próximo”. Essas grelhas
provocaram, no dia da inauguração e nos seguintes, furos em
pneus já gastos (Diário
de Lisboa, 7 de Agosto de 1966: 14). E noticiou-se a
proibição de se atirarem objetos e pontas de cigarro durante a
travessia (Diário
da Manhã, 3 de Agosto de 1966: 8). |
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