Veja a canção vencedora |
|
Ao contrário das últimas cinco edições, a RTP pediu neste ano a
cinco produtores musicais que apresentassem duas canções cada e
dois intérpretes: “Demos o enquadramento para os cantores,
porque queríamos gente nova, ou com carreiras ainda pouco
sólidas” (Correio da Manhã), referia José Poiares,
coordenador-geral do evento. Um júri composto por cinco
personalidades tinha direito a 50% dos votos e a outra metade
cabia ao público, através de televoto. Mais uma edição, mais uma
polémica quanto ao resultado final, porque a votação entre
convidados e público não coincidiu – “Apesar dos pedidos de
silêncio, um grupo de admiradores da canção que ficou em segundo
lugar [“Sei Quem Sou (Portugal)”, por Vânia de Oliveira]
mostrou-se teimoso. O apresentador Jorge Gabriel teve mesmo de
fazer um apelo para que se acalmassem os ânimos, evocando o
argumento ‘vivemos numa democracia’.” (Jornal de Notícias).
No meio de um certo rebuliço, “Coisas de Nada” e as Non Stop
– banda formada na SIC – venceram a competição nacional, mas na
Eurovisão tudo seria diferente. “Claro que ainda não foi desta!”
– “Nem os cabelos coloridos, nem o visual extravagante nem a
postura frenética conseguiram o milagre do apuramento das Non
Stop para a gala final do Festival da Eurovisão” (VIP),
realizada na Grécia. As nossas “mulheres de Atenas” prometiam
arrasar, com “garra e animação” (TV Mais), e provar aos
gregos que Portugal não se deixara abater pela derrota no
Europeu de Futebol de 2004: “Quando pisámos o palco do Oaka e
vimos uma enorme bandeira de Portugal numa das bancadas
percebemos que o nosso sonho era também o sonho de um país. Um
país [sic] que está para além das nossas fronteiras. Um
país [sic] dos que partiram em busca de felicidade e que
vive cada momento com o enorme orgulho de ser português” (24
Horas). Mas no final da votação, deu-se a derrota de se não
passar à final, pelo terceiro ano consecutivo: “Se Portugal não
investe muito no Festival vai ser difícil passar à final” (24
Horas).
|
|