Veja a canção vencedora

A novidade deste ano passou pela inserção de eliminatórias, mas também pelo regresso da orquestra. Com tantas canções para serem ouvidas pelo júri e pelo público, a dúvida crescia: escolher que tipo de canção? Haveria fórmula para a Eurovisão? (Sete). Depois do veredito, o mesmo periódico intitula: “Oh, Europa. Olh’ó balão!”. Uma canção que receberia comentários díspares, entre o festivaleiro e a fragilidade. Ficaram como marca mais assinalável, de novo na história deste festival, os assobios, as pateadas e as vaias, demonstrando que o público – apesar de a entrada para o Monumental ser feita por convites – ainda estaria longe de atingir a maturidade que seria desejável (Diário de Notícias). Intérprete, autor e orquestrador afinal não tinham culpa. Jogaram e ganharam! E não se concretizou a dúvida da imprensa, relativamente à ideia de que, “com balões destes, quanto mais rápida é a subida maior é também o trambolhão” (Diário de Lisboa). Em Jerusalém, e pela primeira vez por satélite, o balão subiu, subiu, mas não atingiu a melhor classificação portuguesa no certame: “O ‘Balão’ subiu, mas não chegou à ‘Festa da Vida’” (Sete).

 
       
 

Se7e, n.º38, 1 a 6 de Março de 1979, pág. 1
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