Nos
40 Anos que se assinalam sobre o 25 de Abril de 1974,
a Hemeroteca Municipal de Lisboa associa-se ao ciclo de
comemorações com um
dossier digital que evoca os dias quentes da Revolução.
A par da cobertura televisiva (cuja emissão noticiosa do dia 25
de Abril pode ver no separador
Televisão), a imprensa portuguesa, em formato
Jornal ou
Revista,
cobriu os acontecimentos de forma entusiástica, como fica
expresso nas edições integrais que disponibilizamos. Isenta de
censura prévia, a liberdade de imprensa - que viria a ser
sancionada pela Lei 85-C/75 - promoveu a imprensa
deste período à condição de parceira ativa no debate em torno
dos destinos do País.
Mas também no estrangeiro a revolução portuguesa fez manchete na
imprensa: "Revolução asseada" (The New York Review of Books,
13 de junho), "Cavalheiresco golpe de estado" (Newsweek,
6 de maio), "Perder um império, ganhar respeito" (International
Herald Tribune, 27 de Maio), são algumas das notícias que
encontrará nos 3 títulos que integram a secção
Monografias, que
compilam ecos do impacto internacional do 25 de Abril: "Um
livro, uma canção e depois uma revolução" (Time, 6 de
maio).
O
"livro" alude ao Portugal e o Futuro : análise da conjuntura
nacional, do general António de Spínola, editado em
fevereiro de 1974. Já a "canção" remete para as duas senhas
do movimento que, com intervalo de menos de duas horas, foram
emitidas na rádio: "E depois do adeus", de Paulo de Carvalho
(canção vencedora do Festival RTP da Canção de 1974) e
"Grândola, vila Morena", de Zeca Afonso. Esta circunstância
serve de mote para a homenagem que, na secção
Música, e com a colaboração do
Serviço de Fonototeca da Biblioteca Orlando Ribeiro,
prestamos ao canto de intervenção, representado por
cinco canções que se impuseram na história da música portuguesa
como a arma de combate mas também
de celebração da Democracia. |