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A CAPITAL: 20.º
ANIVERSÁRIO REVISITADO, NO ANO EM QUE FARIA 50 ANOS |
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Não tivesse terminado
definitivamente a sua
publicação em 2005, e
A CAPITAL
estaria este ano a completar
o seu 50.º aniversário.
Diário, vespertino (até 7 de
Setembro de 2001), fundado
em 21 de Fevereiro de 1968,
sem ligações ao regime e
gerido por uma cooperativa
de jornalistas, teve como
primeiro diretor (até 27 de
Abril de 1970) Norberto
Lopes, vindo do Diário
de Lisboa.
Seguiram-se-lhe no cargo
Maurício de Oliveira, Manuel
José Homem de Melo e
Henrique Martins de
Carvalho; após o 25 de Abril
(que trouxe a sua
nacionalização), David
Mourão Ferreira, Francisco
Sousa Tavares; depois de
reprivatizado, em 1988,
Rodolfo Iriarte, Mário
Crespo, José Sarabando,
Helena Sanches Osório,
António Matos e Luís Osório.
Assumindo-se como herdeiro e
continuador do jornal
republicano que com o mesmo
título se publicou entre
1910 e 1938 (o título
principal da primeira página
do número inaugural era
"Continuidade", e
apresentava-se
em cabeçalho
como
2.ª série), afirmava no
primeiro editorial que "um
único propósito nos move:
servir o país em tudo quanto
esteja ao nosso alcance e
prestigiar a Imprensa
Portuguesa na medida das
nossas forças. (...)
Colocar-nos-emos acima e à
margem de tendências
partidárias, de interesses
privados e das oligarquias
reinantes."
Com o seu formato tablóide,
o uso profuso de grande
manchetes e ilustração,
investindo na cobertura da
atualidade e no formato
reportagem, com várias
secções especializadas, num
registo que designava
"popular de qualidade",
chegou a atingir, nos anos
70, tiragens de 40.000
exemplares.
Em 1988, A
CAPITAL
celebrava na primeira página
do número de 20 de
Fevereiro: "HIP! HIP! HURRA!
À saúde dos leitores. 20
anos consigo". Para
assinalar a data, e durante
uma semana, distribuiu
juntamente com o jornal 7
suplementos de aniversário,
onde fez o balanço das suas
duas décadas de atividade.
Fontes:
LEMOS, Mário Matos e -
Jornais diários portugueses
do século XX : um
dicionário. Coimbra : Ariadne/Ceis20, 2006.
ROCHA, João Manuel - "A
segunda morte de A Capital".
Público, 30 Julho 2005.
(em
linha)
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As nossas reportagens :
outra maneira de ver o mundo
Sup. n.º 1, 20 de Fevereiro
de 1988
“A reportagem
pode acontecer aqui mesmo ao
lado ou obrigar a uma viagem
de milhares de quilómetros.
Trabalho de repórter é
transmitir, isto é, passar
uma certa realidade
testemunhada ou averiguada
para o público em geral, via
órgão de comunicação
social”.
De 20 anos de reportagens,
22 jornalistas d’A
Capital (Appio
Sottomayor, José Sarabando,
Mário Alexandre, João Vaz,
António Carvalho, Miguel
Calado Lopes, Carlos
Morgado, José Luís Feronha,
Fernando Carneiro, Alberto
Peixoto, Carlos Alberto,
Edite Esteves, Afonso
Cautela, Alfredo Mourão,
Oliveira Figueiredo, Vítor
Carvalho, Vítor Bastos,
Maria Catarina, Belo da
Fonseca, Silva Marta, Luís
Pimenta, António Viana)
são convidados a fazer as
suas escolhas e a partilhar
as suas experiências, num
suplemento coordenado por
Mário Alexandre.
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Ribalta da fama : gente que
entra, gente que sai
Sup. n.º
2,
22
de Fevereiro de 1988
“Os primeiros anos de vida
de «A Capital» foram
carregados de acontecimentos
fulcrais, cujos efeitos se
repercutem ainda hoje. Neles
participaram cidadãos,
alguns deles vindos do
anonimato, cujas vontades e
feitos foram determinantes
na evolução dos destinos
coletivos. Muitos entraram e
muitos saíram da ribalta.”
Sob coordenação de
José Luís Feronha, elege-se para cada
um destes 20 anos a
personagem mais decisiva.
Desde António Oliveira
Salazar ao Capitão Roby,
passando por Raúl Solnado
n’A Visita da Cornélia.
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Memória do celulóide :
cinema mágico, da paixão ao
crime
Sup. n.º
3, 23
de Fevereiro de 1988
“O cinema nestes 20 anos deu
um grande salto (o próprio
conceito da sala-cinema
mudou radicalmente) e, entre
nós, em 1974 o fim da
censura abriu possibilidades
de os portugueses, já
maiorzinhos, verem um tipo
de filme a que não estavam
habituados.”
A escolha dos
20 filmes é da
responsabilidade de José Vaz
Pereira, que desde 1974
vinha a elaborar para a A
Capital a lista dos «10
mais” do ano. Filmes tão
distintos como
Patton,
de Franklin Schaffner
(1970),
Noites
escaldantes,
de Lawrence Kasdan (1981),
Paulina na
praia,
de Eric Rohmer (1983), ou
Ana e as suas
irmãs,
de Woody Allen (1986).
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Desporto sobre o
pobre
: alguns feitos,
poucas glórias
Sup. n.º
4,
24
de Fevereiro de 1988
“Portugal não é um país em
que o fenómeno desportivo se
possa situar ao nível das
maiores potências mundiais
e, por isso, em que exista
um naipe de figuras de
grande gabarito. Mas nestes
20 anos que “A Capital” leva
de vida, teve algumas
figuras ímpares.”
Com coordenação por
Carlos
Morgado, numa seleção em que
se procura diversificar as
modalidades mas onde impera
o futebol, passam-se em
revista 20 glórias do
desporto nacional, do
ciclista Joaquim Agostinho a
Eusébio, passando por
Rosa
Mota e Chalana.
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Viva a música : entre a bala
e o «rock»
Sup. n.º
5,
25
de Fevereiro de 1988
“Com a devida vénia aos
«ausentes», a escolha (…)
privilegia a
área das canções, os
sinais dos tempos (e
isso será difícil de
confundir com as modas que
servem de bitola a outras
selecções), as
obras-primas e os nomes
sem os quais, de forma
irremediável, a história da
música portuguesa nas
últimas duas décadas ficaria
truncada e desfocada. (…) De
1968 a 1987 quase tudo mudou
em Portugal e, como é
evidente, nas
marcas das suas canções.
Numa selecção “solitária e
arriscada” de João Gobern,
coordenador do suplemento,
revisitam-se 20 artistas,
grupos, discos e canções, de
Zeca Afonso a
António
Variações, de
Simone de
Oliveira aos
Heróis do Mar.
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Foram os nossos : vida
começa na redacção :
jornalistas recordam a
grande aventura
Sup. n.º
6,
26
de Fevereiro de 1988
O suplemento é dedicado a
“essa gente que por aqui
passou e hoje trabalha
noutros lados, ocupando os
mais diversos postos, mas
tendo em comum essa
experiência ímpar que foi
ter começado neste jornal.”
“Muitos deles aprenderam
aqui como se redige uma
notícia, como se faz um
«lead», como se cobre um
desastre, como se persegue
incansavelmente aquela
vedeta refractária a
entrevistas. Muitos deles,
quase todos, eram muito
jovens e sabiam pouco da
vida. Foi aqui que
aprenderam também um pouco
a viver.”
Num jornal que reivindicava
para si o papel de escola de
jornalismo, 40 jornalistas e
repórteres fotográficos são
convidados a relatar a sua
experiência de início
profissional n’A
Capital.
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Honra às letras : livros à
descoberta de nós todos
Sup. n.º
7,
27
de Fevereiro de 1988
“Confirmação de grandes
nomes, estreias espetaculares de outros e,
ainda, o escândalo em torno
de alguns títulos foram as
principais características
do panorama literário destes
20 anos, no que diz respeito
a romances.”
Num balanço “que desejámos
fosse objetivo e nunca
apaixonado”, a galeria de
autores e respetivas obras
começa com
O Delfim de José Cardoso
Pires (1968), passando pelas
Novas Cartas Portuguesas
das “três Marias” (1972), os
Sinais de Fogo de Jorge
de Sena (1979), ou o
Memorial do Convento de
José Saramago (1982).
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FICHA TÉCNICA
A Capital :
20.º aniversário revisitado, no ano em que faria 50
anos
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Pesquisa, textos,
digitalização, tratamento de imagem e webdesign:
João
Carlos Oliveira
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