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DIARIO DO GOVERNO
Num. 1,
SEGUNDA FEIRA 1.º DE JANEIRO DE 1821
Publicou-se com este título entre 16 de setembro de 1820 e 10 de
fevereiro de 1821
Começou a
ser publicado a 16 de outubro de 1820, por iniciativa da
Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, resultante da
junção dos órgãos governativos que se constituíram no Porto e em
Lisboa, após a revolução de Agosto. A própria Gazeta deu a notícia no dia do lançamento
(N.º 249, de 16
de outubro de 1820, página 4),
esclarecendo «que (além das noticias estrangeiras, e objectos
oficiais emanados das competentes Secretarias) deve conter
outros, onde pela natureza da sua doutrina se instrua o Público
sobre agricultura, comercio, navegação, artes, e manufacturas;
advertindo que serão inseridos, quando não houver
incompatibilidade com os das mencionadas Secretarias. O seu
formato será de fólio, e o preço 60 réis. Vende-se na loja da
Gazeta, na rua do ouro N.º 141, e na rua direita da Junqueira
N.º 9, em cujas lojas lojas não se acceitarão assignaturas até
ao fim do presente anno, por cujo motivo se avisará em tempo
competente.»
Durante
alguns meses, as duas publicações coexistiram e não raras vezes
a Gazeta reproduziu extratos de notícias do Diário do
Governo. Na edição
N.º 313, de 30 dezembro de 1820, a Gazeta
anunciou a mudança do título para Diário do Governo e a
reformulação da linha editorial, assumindo como seu «principal
objecto o que pertencer ao nosso paiz». Nesse sentido, além de
fazer eco de «tudo o que em notícias politicas, e mesmo
literárias e scientificas, (…) se possa publicar como próprio
para illustrar publico», afirmavam-se disponíveis para publicar
«quaisquer noticias de ponderação e utilidade» que lhe fosse
envidadas de qualquer parte do Reino «por pessoas fidedignas e
de conhecimentos», bem como a informação de interesse público
enviada pelos tribunais e repartições publicas. Portanto, as
duas publicações fundiram-se, adoptando um formato maior
que o fólio e reiniciando a contagem dos números. Após a fusão,
somou apenas 36 números, que tiveram como principal redator
Joaquim José Pedro Lopes, e foram impressos na «Imprensa
Nacional». Depois, o título foi outra vez alterado. |