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GAZETA DE
LISBOA
N.º 132, Quinta Feira, 5 de Junho de 1823
Publicou-se com este título entre 5 de junho de 1823 e 23 de
julho de 1833
Para
assinalar a restauração do regime absolutista,
os miguelistas decidiram recuperar o título original da
publicação. A este respeito, note-se o tom discretamente
contrariado da «advertência» que o redactor fez constar junto ao
cabeçalho. Em termos de substancia, o noticiário sobre Portugal
continuou a dominar, mas o espaço ocupado pela legislação foi
reduzido por conta da extinção das Cortes. Durante a década de
governação miguelista, foram redatores da Gazeta: José
Luís Pinto Queiroz, José Liberato Freire de Carvalho
(1772-1855), António Vicente Dellaneve. Como oficina
tipográfica era referida a «Impressão Régia».
Durante a curta vigência da Carta Constitucional (1826-1828)
outorgada por D. Pedro, no Brasil, o governo não revelou
inspiração ou energia para impor mudanças no periódico, pelo que
a Gazeta de Lisboa prosseguiu até 23 de julho de 1833
(n.º 172). Mas como órgão do governo miguelista, contestado por
outra legitimidade régia, conviveu com outros periódicos
vinculados ao poder liberal. |