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Recortes de imprensa:
"Vera
Lagoa fala de si e dos outros". Entrevista por Carvalho
Ramos. Eva, Natal 1977, pp. 19-21. |
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REVOLUCIONÁRIOS
QUE EU CONHECI
Vera Lagoa
A autora, que a certidão de
nascimento confirmava ser
Maria Armanda Pires Falcão,
marcou o meio jornalístico, sobretudo durante o verão quente de
1975, com o seu estilo muito próprio de
opinion maker, populista e
sensacionalista, assumidamente anti-comunista, anti-esquerda e
anti-revolucionária.
Com uma carreira jornalística
iniciada no Diário Popular, onde a
partir de 1966 lançou a coluna de crítica mundana
"Bisbilhotices", depois continuada no Diário de
Lisboa, embora com menor sucesso, assumiu após o
25 de Abril a direção dos jornais O Diabo,
O Sol, O País,
e depois novamente O Diabo. Uma
trajetória e uma personalidade que se dão a conhecer na
entrevista, conduzida por Carvalho Ramos, na edição de Natal de
1977 da revista Eva.
Foi, portanto, uma figura feminina, há que
sublinhá-lo, muito controversa: uns, reconheciam nela uma mulher
corajosa, defensora dos valores democráticos; outros, viam-na
como uma desbocada, facciosa e virulenta, apostada em fazer
regredir as conquistas da revolução.
Revolucionários
que eu conheci, editado em 1977, com ilustrações
de CID, reúne uma série
de crónicas que publicou na imprensa cerca de um ano antes.
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