ler aqui
 

CANÇÕES
António Botto

No início de Março, a Liga dos Estudantes foi recebida pelo governador civil de Lisboa, Viriato Lobo, a quem expos os seus pontos de vista e exigiu uma rápida intervenção. Exigências que foram rapidamente atendidas, pois no dia 5 muitos jornais fizeram notícia da apreensão pela polícia dos livros: Canções, de António Botto, o Sodoma Divinizada, de Raul Leal, e Decadência, de Judith Teixeira. Segundo noticiou A Capital, após o confisco, um grupo de personalidades da «política, artes e letras» ainda procurou convencer o governador a recuar, mas nada conseguiram. («Apreensão de Livros». A Capital, de 5 de Março de 1923, p. 2. Ler aqui.) Judith Teixeira é entrevistada pelo Diário de Lisboa a respeito do sucedido («A Polícia e as Letras. O caso da apreensão dos livros e o que nos afirma D. Judith Teixeira». Diário de Lisboa, de 6 de Março de 1923, p. 5. Ler aqui).

 

Nesse mesmo dia, a Liga de Acção dos Estudantes distribuiu pela cidade um Manifesto a alertar para o regresso da «Sodoma» e a exigir «reacção pronta e implacável» às autoridades e à sociedade em geral. No dia 6, A Epoca deu destaque de primeira página ao documento, reproduzindo-o por inteiro («Higiene moral e social. Dos estudantes das Escolas Superiores de Lisboa: Aos poderes constituídos e a todos os homens honrados de Portugal». A Epoca, de 6 de Março de 1923, p. 1).

 7/9

         
            
   © 2018 | Hemeroteca Municipal de Lisboa