O COMÉRCIO DO PORTO iniciou publicação em 2 de Junho de 1854, como trissemanário, tendo encerrado em 2005 a sua centena e meia de história. Foi fundado - chamando-se então simplesmente O COMÉRCIO -, por Henrique Carlos de Miranda e Manuel de Sousa Carqueja. Em 1 de Janeiro de 1855 passou a publicar-se diariamente, tornando-se assim o primeiro diário nortenho.

Posicionando-se como jornal informativo generalista, e já sob a direção de Fortunato Seara Cardoso, assumirá uma postura conservadora a partir de 1935.

Data de 13 de Janeiro de 1951 o início de publicação do seu suplemento "Cultura e Arte", que em breve se tornaria um dos mais importantes e influentes suplementos literários no panorama nacional. Publicou-se quinzenalmente, duas 3.ªs feiras por mês, sob direção de Costa Barreto e contando com Óscar Lopes como crítico literário residente. Este suplemento terminou nos anos oitenta, ao fim de trinta anos de "combate à desnacionalização e deseuropeização, acrescido da difusão da «Cultura e Arte» tão necessária nestes tempos de materialismo desenfreado", dirigido "não só de e para os nossos intelectuais e artistas, como também para o grande público", como escreveu Costa Barreto no primeiro editorial.

É por ocasião do centenário do nascimento de Sampaio Bruno (1857-1915) que Delfim Santos é convidado a participar num suplemento temático evocativo, que contou também com textos de Sant'Anna Dionísio, Câmara Reys, Vieira de Almeida, José Marinho e Luso do Carmo (por falta de espaço, o contributo de Eduardo Lourenço será publicado no suplemento seguinte):


«Bruno na Cultura Nacional»
O Comércio do Porto. Cultura e Arte, 15 de Janeiro de 1957, p. 5