No dia 10 de Junho de 1907, num jantar na mansão londrina de James P.
Morgan, sócio maioritário dos maiores estaleiros do mundo, Harland &
Woolff, em Belfast, Irlanda e com a presença de Bruce Ismay, presidente
da “White Star Line”, foi determinada a construção dos três maiores
navios do mundo: O Olympic (ficou pronto em 1911), o Titanic (em
1912) e o Gigantic que, após a tragédia do Titanic, alterou o seu nome
para Britanic (construção foi concluída em 1914).
A construção do
Titanic começou no dia 31 de Março de 1909, foi financiada pelo
americano J. P. Morgan e a sua companhia International Mercantile Marine
Co. Foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, na
Irlanda do Norte. A 31 de Maio de 1911, o casco do Titanic foi lançado
ao mar e a 31 de Março de 1912 a sua equipagem estava concluída. O
Titanic tinha 269,10 metros de comprimento, 28 metros de largura, dez
andares, a sua tonelagem bruta era 46.328 toneladas. O navio podia
transportar um total de 3.547 pessoas, entre passageiros e tripulação -
foi um navio transatlântico da classe Olympic operado pela White Star
Line.
No dia 10 de
Abril de 1912, o navio iniciou a sua viagem inaugural de
Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova Iorque, nos
Estados Unidos. Após a travessia do Canal da Mancha, o Titanic parou em
Cherbourg, França, e em Queenstown (hoje conhecida como Cobh), na
Irlanda, para receber mais passageiros. O porto em Queenstown não tinha
condições para atracar um navio do tamanho do Titanic. Este teve de
ancorar ao largo, utilizando pequenos botes para o transporte dos
passageiros e bagagens até ao porto. Partiu para Nova Iorque com 2.240
pessoas a bordo. Até o seu lançamento, em 1912, foi o maior navio de
passageiros do mundo.
Na noite de 14 de
Abril de 1912, embateu num iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas
horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de Abril de
1912. O naufrágio resultou na morte de 1.523 pessoas. Cem anos
depois revisitamos aqui o impacto desta tragédia na imprensa portuguesa
da época, preparando um dossier digital com notícias acerca da
construção, naufrágio, e reacções à tragédia:
►
"Leviatão e a sua gruta". Artigo da
revista Serões, n.º72, de Junho de 1911, pp. 447-451, sobre as
companhias de construção de navios transatlânticos.
►
"Navio que se afunda". Breve
notícia publicada no jornal A Capital: diario republicano da noite,
logo no dia 15 de Abril de 1912.
►
"O naufrágio do Titanic". Duas notícias
saídas nas edições de
16 de Abril e
17 de Abril de 1912, no jornal A
Capital: diario republicano da noite. São já apresentados números
provisórios das vítimas do acidente.
►
"Naufrágio do Titanic". Artigo da
revista Illustração Portugueza, n.º323, de 29 de Abril de 1912,
p. 560.
►
"O naufrágio do transatlântico Titanic".
Artigo da revista O Occidente, n.º1200, de 30 de Abril de 1912,
pp. 89-93.
►
"A catastrophe do Titanic". Artigo
da revista Brasil-Portugal, n.º319, de 1 de Maio de 1912, p. 448.
►
"Titanic: I - A belleza trágica de uma catastrophe
horrivel". Artigo da revista Brasil-Portugal,
n.º322, de 16 de Junho de 1912, p. 531.
►
"Titanic: II". Artigo da revista
Brasil-Portugal, n.º324, de 16 de Julho de 1912, pp. 563-566.
►
Diário da Câmara dos Deputados,
92.ª sessão, de 17 de Abril de 1912. Proposta de Simas
Machado, de voto de sentimento pelas vítimas do naufrágio.
►
Diário
do Senado, 70.ª sessão, de 17 de Abril de 1912.
Proposta de Bernardino Machado, de voto de sentimento pelas vítimas do
naufrágio.
►
"O maior navio do mundo". Artigo da
revista O Occidente, n.º 1248, de 30 de Agosto de 1913, pp. 266-267,
sobre a construção do navio Imperator, que evoca o acidente do Titanic.