JUNQUEIRO,
HOMEM DE CAUSAS
O REGICÍDIO


Esta carta de Junqueiro, escrita nove dias depois do regicídio, além de dar a medida do impacto da sua poesia panfletária, é um testemunho sobre o modo como o autor equacionou o atentado ao rei.

Apesar da proximidade temporal e do estado de choque da opinião pública, o poeta não só não alterou uma vírgula ao juízo que fizera sobre D. Carlos, como justificou os seus assassinos, que equiparou a heróis:

“Mataram com atrocidade, e com atrocidade foram mortos. Expiaram a vida, purificaram o acto. E o acto, assim purificado, surge-nos grande e luminoso (...) Há um rei no throno. Mas hoje, n’esta hora de liberdade e clemencia, póde dizer-se que são eles os dois regentes do reino.”
1.”O Regicídio : uma carta de Guerra Junqueiro desmentindo um telegramma”
A Lucta
12 Fev. 1908, p. 1
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