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col.
Hemeroteca Municipal de Lisboa |
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REVISTA DE TURISMO : publicação quinzenal de Turismo,
Propaganda, Viagens, Navegação, Arte e Literatura
(Lisboa, 1916-1924). Quinzenário publicado em duas
séries, cinco anos depois da institucionalização do turismo em
Portugal. Trata-se da primeira revista inteiramente dedicada ao
sector.
O primeiro editorial, denominado de “Abrindo…”, refere a
crise como motivo para a publicação de uma revista dedicada ao
turismo e que fizesse “desenvolver o gosto das viagens”, à
semelhança do que acontecia noutros países. O articulista
enuncia, por esta ordem, França, Suíça, Itália e Espanha.
Sublinha as condições climáticas do País, as suas paisagens,
costa marítima e águas minerais, pelo que seria “preciso, pois,
“defender as preciosidades com que a Natureza tão prodigamente
nos dotou, e é esse o principal objectivo da nossa campanha para
o que possuímos uma excepcional boa vontade e uma coragem
transcendente” (5 de julho de 1916). A essa coragem não seria
alheia a existência de poucas situações de promoção do turismo,
na época, o que se justificava pela situação de conflito militar
que se vivia. Os temas e locais escolhidos são diversos.
Abre com um artigo acerca do Porto de Lisboa, considerado a
“base primacial do Turismo em Portugal”, dada “a sua admirável
situação, a sua excelente rede de caminhos-de-ferro, ligada, [sic]
a Madrid, Paris, [sic] e ao centro da Europa, é garantia
segura para um futuro de grande movimento de passageiros”,
designadamente “do Brasil, da Argentina, do Pacífico (…) cheios
de curiosidade uns, e outros já fartos de esperar nas suas
terras da América, que a terrível e demorada guerra tenha o seu
ocaso, para virem jornadear pela Europa”. O articulista refere a
importância do alojamento turístico para reter em Lisboa esses
viajantes, considerando que os hotéis muito teriam a lucrar com
“a montagem dos mais modernos requisitos de conforto, as
facilidades aduaneiras, e finalmente o rápido e cómodo
transporte para além fronteiras” (5 de julho de 1916). Para
saber mais sobre esta publicação, ler, na íntegra, a respetiva
ficha histórica.
Jorge Mangorrinha | Lisboa, HML, julho de 2014
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