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Universidade tem sido um foco constante de agitação e ainda hoje
se vive na “ressaca” da greve de Abril de 1907. Bastou então que
o filho de um dos heróis do radicalismo, José Dias Ferreira,
fosse reprovado nas suas provas de doutoramento para que alguns
estudantes e professores iniciassem uma onda de protestos de
evidente conteúdo político. Tanto entre o seu corpo docente como
entre a população estudantil, a Universidade reflecte pois as
divisões que atravessam a sociedade portuguesa. Mas, apesar do
seu reduzido número (à volta de três mil), não é fácil para uma
parte crescente dos estudantes (sobretudo de Direito) encontrar
saídas profissionais, o que explica também o acentuar da
turbulência no mundo académico e a radicalização política no seu
interior. 1907 traduz o corolário da contestação académica
contra o sistema de ensino e o governo. Explode em Coimbra, com
a greve dos estudantes, mas rapidamente alastra a outras escolas
do país, com destaque para Lisboa. Transformada em causa
nacional pelos republicanos, fracassa dias depois. O impacto na
imprensa foi enorme, sobretudo nos jornais académicos, com
tiragens e audiências inéditas. Para evocar esta greve a
Hemeroteca oferece-lhe um
programa de actividades a não perder e,
ainda, um
verbete
histórico com indicações bibliográficas. Na
Internet pode encontrar também alguns conteúdos de interesse,
aqui.
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