Semanário ilustrado de
qualidade gráfica notável, o Arquivo Pitoresco (AP)
publicou-se em Lisboa, entre 1857 e 1868. De cariz literário mas
atento às inovações com incidência na vida quotidiana, o jornal
teve uma boa aceitação em Portugal e no Brasil. Contou com a
participação da nata da intelectualidade da época, reunindo,
entre os seus redactores e colaboradores, nomes como António
Feliciano de Castilho, Brito Aranha, Latino Coelho, Rebelo da
Silva, Pinheiro Chagas, Júlio de Castilho, e muitos outros. Dos
desenhadores há a realçar a colaboração de Nogueira da Silva,
Cristino da Silva e de Manuel Bordalo, pai de Rafael Bordalo
Pinheiro. O AP tinha como objectivo “fomentar a nossa
gravura em madeira, dar relevo à palavra e abrir campo em que as
vistas curiosas espaireçam pelas criações de arte, da natureza
ou da fantasia”. Concebido como um “jornal português para
portugueses (…) útil ou agradável a ambos os hemisférios em que
se fala a bela língua que imortalizou Camões”, inseriu centenas
de gravuras e textos de escritores nacionais populares na sua
época. Volvidos 150 anos, a Hemeroteca Municipal revisita a
história do AP, com um conjunto de eventos culturais cujo
programa pode ser consultado
aqui.
Aqui pode encontrar, desde já, o
número
1 do jornal. A intenção é digitalizar toda
a colecção, com cerca de 5000 páginas. Para saber mais sobre o
AP leia
aqui o seu verbete ou navegue pela
Internet, através destes
sítios.
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