Após dois livros
para o público adulto (o primeiro ainda como Alice Vassalo da
Silva), Alice Vieira estreia-se na literatura infanto-juvenil
com
Rosa, minha irmã Rosa, com o qual vence o Prémio de
Literatura Infantil do Ano Internacional da Criança. "O teu
pequeno artigo (...) possui qualidades literárias, mas é
demasiado pessimista. Manda trabalhos mais saudáveis. Tens
condições; és jovem". Esta crítica, feita em Março de 1960 a um
texto que enviou para o
Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa, revela já um traço
que se tornaria característico da sua escrita: o de explorar as
"dores de crescimento", porque
"As crianças não devem ter apenas fadas e
ninfas..." (entrevista ao Jornal de Letras, N.º 223, 13
Outubro 1986, p. 1-3). Outras linhas marcantes do seu trabalho
são os temas históricos e as narrativas tradicionais, que
compõem uma lista de mais de 100 títulos, maioritariamente para
o público jovem, mas também para adultos.
|