O comentário do Toni, da equipa do Benfica e ex-jogador da Associação Académica de Coimbra (AAC), a respeito da Final da Taça de Portugal de 1969, ocorreu certamente a muitos membros do governo e outras autoridades do Estado Novo, mas por motivos diversos, é claro.

É difícil de imaginar pior ou melhor desfecho, consoante a perspetiva, para a Crise Académica instalada desde 17 Abril, quando o presidente da Associação Académica de Coimbra, Alberto Martins, interrompeu a cerimónia de inauguração do edifício das Matemáticas e pediu a palavra ao Chefe de Estado, Américo Tomás. Não lhe foi concedida e no dia seguinte foi preso. E os estudantes revoltaram-se…

Para os estudantes de Coimbra, em greve aos exames desde finais de Maio, a disputa da Taça representou a oportunidade de realizar uma grande manifestação em Lisboa e desmascarar os insistentes comunicados que o Ministro da Educação fazia publicar na imprensa a garantir a “normalidade” da vida universitária.

Conheça este episódio no estudo realizado por Rita Correia, e navegue nas páginas dos jornais de há 50 anos, aqui.

© João Oliveira/Hemeroteca Municipal de Lisboa

  

                                                                                                                                                      
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