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“Entre as publicações, que se têem feito a respeito das questões coloniaes, fazia-se sentir a falta de uma revista medico-colonial, destinada não só a dar harmonia e homogeneidade a todos os trabalhos que mais possam interessar à pathologia, therapeutica, policia sanitaria e hygiene colonial, mas tambem a prestar homenagem aos funccionarios do serviço de saude que mais se distinguirem n'estas luctas da sciencia e do progresso.". Assim se apresentam os Archivos medico-coloniaes no seu número programa, em março de 1889. A publicação regular, ao longo de 7 números, iniciou-se em janeiro de 1890 e terminou em julho do mesmo ano, sempre sob responsabilidade da 2.ª secção da 1.ª repartição da Direção Geral do Ultramar. Ficam agora disponíveis na Hemeroteca Digital, aqui, acompanhados da ficha histórica de autoria de Alda Anastácio. Claramente inspirados no modelo francês dos Archives de médecine navale française, prometiam nesse número programa organizar os seus conteúdos em 19 secções que potenciassem a partilha de conhecimentos. Doenças endémicas das colónias portuguesas, a questão da vacinação, relatórios e estatísticas de serviços de saúde, estudos antropométricos, são alguns dos temas tratados.
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