Foi uma das mais importantes figuras do panorama musical da primeira metade do século XX, tendo sido a primeira mulher a fazer uma carreira a solo com um instrumento que era, predominantemente, destinado a homens: o violoncelo. Nascida no Porto, dedicou toda a sua vida à música. Iniciou os estudos aos 5 anos, com o pai, Augusto Suggia. Estreou-se aos 7 anos, aos 12 foi convidada a integrar o quarteto de Moreira de Sá, e aos 13 era chefe do naipe de violoncelos da orquestra do Orpheon Portuense. Aos 16, partiu para Leipzig par a continuar os estudos com o maior professor da altura, Julius Klengel, que ao fim de um ano afirmou nada mais ter para lhe ensinar. Ouvida por Arthur Nikisch, maestro titular da Gewandhaus de Leipzig e da Philarmonica de Berlim, foi convidada a tomar parte num concerto na Gewandhaus, tornando-se, então com 17 anos, a primeira mulher e o mais jovem solista a tocar naquela casa. O êxito da sua execução do concerto para violoncelo e orquestra de Volkmann abriu-lhe todas as portas dos grandes centros musicais e para uma carreira de grande brilhantismo. Na Hemeroteca, iremos prestar-lhe homenagem, no dia 29 de junho, pelas 18:00 horas, numa sessão de entrada livre. Estaremos à conversa com João Almeida (diretor da Antena 2), Virgílio Marques (Associação Guilhermina Suggia) e o prof. Henrique Fernandes (violoncelista, ex-Diretor da Academia de Música de Santa Cecília), a que se seguirá a participação musical do violoncelista Pedro Massarrão (mais informação aqui). Na Hemeroteca Digital, preparámos o dossier digital que pode consultar aqui. É o nosso contributo para a divulgação desta figura ímpar da cultura musical de Portugal e do Mundo. |