À data da publicação do título que destacamos hoje na série Livros que foram Notícia, a morte do general Humberto Delgado, em Fevereiro de 1965, ainda não estava esclarecida. Por isso mesmo, o assunto manteve-se “vivo”, alimentado por informações e insinuações veiculadas através da imprensa (nacional e estrangeira) e outros canais. As primeiras suspeitas haviam recaído sobre a polícia espanhola de Franco. Nos últimos anos do Estado Novo, entre as várias forças da oposição era, aparentemente, consensual a ideia de que o general fora assassinado pela PIDE.
  

A revolução do 25 de Abril e o clima de liberdade instituído pelo novo regime permitiu que o tema da morte deste herói nacional da resistência à Ditadura fosse recuperado e reanalisado na imprensa. Mas no contexto da luta ideológica e política que então se desencadeou, surgiram outras “teses”. A de Henrique Cerqueira que denunciava o envolvimento dos líderes das principais forças partidárias, alguns dos quais membros do I Governo Constitucional ‒ como era o caso de Mário Soares, primeiro-ministro, Lopes Cardoso, ministro da Agricultura e Pescas e outros ‒ foi das que causou maior impacto.

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