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Luz e vida : sociologia, arte, critica,
publicou-se no Porto, mensalmente, ao longo de apenas 6 números, sob
direção de Ângelo Jorge e edição de Joaquim do Carmo,
que podem agora ser lidos na Hemeroteca Digital,
aqui.
Inscreve-se na corrente de imprensa libertária ou anarquista que
começou a florescer em Portugal a partir da década de 70 do século XIX,
em estreita relação (e em reação) com o consolidar da ordem liberal e as
transformações económicas e sociais operadas pelo desenvolvimento do
capitalismo: maior integração económica e cultural no espaço europeu,
por via do fortalecimento da rede de transportes e comunicações,
incremento da atividade comercial e industrial, crescimento das cidades,
desenvolvimento da classe média e do operariado, propagação de novas
ideias e doutrinas, proliferação de movimentos e organizações da
sociedade.
Revista de propaganda doutrinária, definia-se como
anti-sectária, anti-dogmática e anti-idólatra, e
estava empenhada na denúncia e explicação de toda a sorte de cangas que
eram impostas ao indivíduo e à sociedade, por via institucional - ou
seja, através do Estado e da Igreja -, e na
defesa de uma
sociedade livre, igualitária e fraterna.

Saiba mais sobre esta publicação na ficha histórica da autoria de Rita
Correia, que pode ler
aqui. |