Trissemanário antiliberal publicado em Lisboa, entre 14 de Novembro de 1822 e 19 de Junho de 1823, reunindo no total 54 exemplares, com 3 suplementos, agora disponíveis na Hemeroteca Digital, aqui. Gerada no âmbito de um processo conspirativo não totalmente esclarecido, A Trombeta Lusitana, conquanto veículo reacionário, não deixou de se apresentar “como órgão genuinamente liberal, crítica do caminho percorrido desde 1820 por o considerar corrompido e tendente a nova tirania. Por outras palavras, dava de si a ideia de partidário liberal desiludido com um processo constituinte que ficaria aquém das suas expetativas, e que ao invés de liberalizar caminhava para substituir uma tirania por outra”, iludindo assim o seu caráter acerrimamente contrário ao regime. Propriedade de Januário da Costa Neves, A Trombeta Lusitana teve como redatores Manuel José Gomes de Abreu Vidal, Manuel Joaquim da Rosa e Silva, Francisco de Alpoim de Meneses e Duarte Gorjão da Cunha Coimbra Botado, autores de “uma prosa de qualidade, servida por bastante ironia”, que transformou a folha num “órgão de polémica e comentário centrados nas questões políticas”. Para saber mais sobre este trissemanário, ver aqui o estudo que Pedro Teixeira Mesquita lhe dedicou.