O Jovem Naturalista surgiu em Lisboa, em 1840, promovido por uma suposta Sociedade Propagadora de Utilidade e Recreio. Dirigido por João Daniel de Sines (1809-1878), um ”liberal de têmpera, forjado nos campos de batalha, entre as hostes do rei-soldado, D. Pedro IV”, teve uma existência efémera, que se fixou pelos 16 números, agora disponíveis na Hemeroteca Digital, aqui. Ainda assim trata-se de um periódico do maior interesse, apesar de pouco conhecido, pois é fonte importante para o estudo daquela sociedade e de um projeto editorial que tinha um programa antirromântico. Por comparação com O Panorama, de Alexandre Herculano, O Jovem Naturalista tem um “perfil mais popular ou plebeu e uma natureza mais técnica e prática”, como refere Rita Correia, no verbete que dedica a esta publicação, e que pode ler aqui. Tinha como público-alvo a pequena burguesia lisboeta, mas valorizava os jovens, como se depreende do próprio título. Enfim, razões de sobra para espreitar ou estudar O Jovem Naturalista