Em 28 de julho de 1914, a ocupação da
Sérvia pelas forças do Império
Austro-Húngaro marcava o início de um
conflito que rapidamente se propagou,
num esquema de alianças que dividiu o
mundo em dois, alterou o curso da
história e constituiu, para muitos
autores, a verdadeira entrada na
contemporaneidade.
Portugal acabou por abandonar a
neutralidade inicial, em parte pela
necessidade de afirmação da jovem
República (proclamada 4 anos antes) no
contexto internacional, em parte pela
necessidade de defesa dos seus
interesses coloniais em África. África
foi, de resto, o primeiro palco de
guerra das tropas portuguesas, que desde
setembro de 1914 se viam envolvidas em
combates fronteiriços no Sul de Angola e
no Norte de Moçambique, embora só em 9
de março de 1916 a Alemanha nos
declarasse oficialmente guerra.
Só em princípios de 1917 se inicia o
envio de tropas portuguesas para a
Flandres, com o primeiro contingente do
Corpo Expedicionário Português (C.E.P.)
a embarcar, em janeiro, a bordo de três
vapores ingleses. Este exército,
composto por cerca de 30.000 homens, foi
sujeito a uma instrução preparatória
intensiva de nove meses, sob a direção
do então ministro de Guerra, o general
Norton de Matos. Ficaria conhecida como
"Milagre de Tancos". Visivelmente mal
preparado e equipado, o C.E.P. sofreu
pesadas baixas, sendo tristemente
célebre a data de 9 de Abril de 1918,
que assinala a Batalha de La Lys.
No ano em que se assinala o 1.º
Centenário da I Guerra Guerra Mundial,
a Hemeroteca Municipal de Lisboa
prepara este dossier digital, que será
alimentado até 11 de
Novembro de 2018, data que assinala a
assinatura do Armistício. A
disponibilização de novos conteúdos será
comunicada por Newsletter especial, com
periodicidade mensal.
Para além de publicações periódicas da
coleção da Hemeroteca, integram este
dossier materiais de outra natureza, que
resultam da identificação de recursos na
coleção da Rede de Bibliotecas de
Lisboa (com natural destaque para a
coleção da Biblioteca-Museu República
e Resistência) ou de outras
entidades. Pretendemos, desta forma,
contribuir ativamente para os trabalhos
de investigação que se esperam no âmbito
deste centenário, bem como corresponder
ao natural interesse do público em geral
em conhecer mais sobre este conflito.
Aceda
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