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No âmbito da exposição
ATRAVÉS DO TRAÇO, MANUEL GUSTAVO BORDALO
PINHEIRO, a inaugurar no dia 19 de Abril
(19h), no Museu Bordalo Pinheiro, é com
muita satisfação que noticiamos aqui a
colocação em linha da primeira série d’A
Paródia.
Fundada no ano de 1900, em Lisboa, por
Rafael Bordalo Pinheiro, que assegurou a
sua direção até 1905 (data da morte do
caricaturista), A Paródia foi
uma das folhas humorísticas mais importantes
que se publicaram em Portugal no período da
Monarquia Constitucional. Num editorial
assinado por Rafael e Manuel Gustavo Bordalo
Pinheiro, filho do caricaturista, A
Paródia definia-se como “a
caricatura ao serviço da grande tristeza
pública”, “a dança da Bica no cemitério dos
prazeres”. Já não era O António Maria,
enterrado com a Regeneração, Fontes e o
Passeio Público. Era outra coisa, pois o
tempo também era outro. A Paródia,
diziam, “somos nós todos”, numa provocadora
generalidade do retrato social português.
Naturalmente, nesta primeira série do jornal
destacou-se a genialidade de RBP, que atinge
aqui o auge do seu trabalho artístico como
caricaturista, que o leva inclusive aos
píncaros da fama. Teve ainda a ajuda
preciosa do filho, MGBP, de Celso Hermínio,
Jorge Cid, Manuel Monterroso, correspondente
no Porto, e de João de Saavedra. O êxito d’A
Paródia foi enorme, com tiragens
muito próximas dos 25.000 exemplares, agora
acessíveis
aqui,
para júbilo de todos nós. |