Disponibilizamos hoje A Renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna, título publicado no Porto nos anos de 1878-1879 e que pode agora consultar aqui.

Dirigida por Joaquim de Araújo, A Renascença integra um conjunto de publicações  contemporâneas que fizeram eco do interesse pelo fenómeno do Realismo e do Naturalismo. Como se afirmava no editorial do primeiro número, pretendia "representar a época que vamos atravessando com todas as suas tendências e com todas as suas aspirações". Alfredo Ribeiro dos Santos, na obra História literária do Porto através das suas publicações periódicas, considera-a "uma das mais importantes revistas literárias do movimento intelectual português".

Contou com cerca de 6 dezenas de colaboradores, entre os quais encontramos nomes tão consagrados como os de Fialho de Almeida, Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão ou Maria Amália Vaz de Carvalho.

Saiba mais sobre esta revista na ficha histórica preparada por Helena Roldão, acessível aqui.

De 1883 a 1886 publicou-se em Lisboa a Revista de Estudos Livres, dirigida por Teófilo Braga e Teixeira Bastos.

Esta publicação, que pode agora consultar aqui, assumiu-se como projeto de divulgação científica escorado na doutrina positivista (na senda iniciada pelos percursores O Positivismo: revista de Filosofia e Era Nova: revista do movimento contemporâneo), visando, como se lê no seu programa, "a aplicação dos eternos princípios da liberdade intelectual, moral e política aos acontecimentos actuais, para os julgar e poder deduzir deles as condições do progresso". De assinalar ainda o propósito expresso de "reatar a aliança mental luso-brasileira", que definia como "o seu fim prático resultante do actual momento histórico".

Órgão científico "transatlântico" - assim a define Pedro Mesquita, na ficha histórica que pode ler aqui -, o que se manifesta desde logo num corpo de colaboradores luso-brasileiro, com nomes como José Leite de Vasconcelos, Teixeira Bastos, Filomeno da Câmara, Júlio de Matos ou Oliveira Martins (do lado português) e Sílvio Romero, Argemiro Galvão, Clovis Bevilaqua ou Tobias Barreto (do lado brasileiro),