Não, não é
A Paródia de Rafael Bordalo Pinheiro, publicada em Lisboa
entre 1900 e 1907 (essa já está em linha,
aqui), mas uma outra Paródia, pouco conhecida,
subintitulada de folha independente feita para toda a gente,
igualmente publicada na capital lisboeta, mais tarde, em 1923, nos
últimos anos da I República. |
Teve uma existência fugaz, pois saíram apenas 4 números, em Janeiro de 1923 – agora disponíveis na Hemeroteca Digital, aqui. Surgiu na ressaca das eleições administrativas de Novembro de 1922. Aliás, como refere Rita Correia no estudo que dedica a esta publicação humorística (acessível aqui), A Paródia “foi condicionado por aquela eleição e pela posterior sentença do contencioso administrativo”. Do elenco redatorial destaca-se o traço de “Adão”, pseudónimo de Calvet de Magalhães (1882-1963), colaborador do jornal O Século, num registo muito parecido com o do mestre Bordalo Pinheiro. E que levou inclusivamente a família deste a protestar no Diário de Lisboa, de 15 de Janeiro de 1923 (sobre este episódio ver o estudo acima referido). A Paródia tinha como grande objetivo, segundo Rita Correia, “manter viva e coesa a mobilização monárquica. As primeiras eleições de Novembro tinham demonstrado que os monárquicos tinham peso em Lisboa, ao contrário do que era corrente dizer-se. Pela via eleitoral, isto é, de uma forma legal, podiam conquistar o poder se trabalhassem para isso e se não se deixassem intimidar. Aquele capital e esta expetativa não podiam ser desperdiçados, até porque havia mais eleições. Tanto quanto se sabia, as de 12 Novembro repetir-se-iam em algumas secções de voto, e outras mais haveria, pois era assim que a república democrática funcionava”. A que acrescia a preciosa ajuda da crítica e das caricaturas mordazes desta folha humorística… |
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Através de uma seleção de títulos de publicação recente e para os quais a investigação na Hemeroteca Municipal foi decisiva, pretendemos chamar a atenção não só para a riqueza da nossa coleção mas também para a importância das fontes jornalísticas em trabalhos de investigação de natureza diversa. O guião da mostra pode ser consultado aqui.
Data: até
7 de setembro de 2013 |
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Fernando António Nogueira Pessoa, poeta, filósofo e escritor, nasceu a 13 de junho de 1888 e morreu a 30 de novembro de 1935, na cidade de Lisboa. Após a morte do pai, partiu para a África do Sul (Durban), onde aprendeu o inglês, língua em que escreveu desde a sua adolescência. Fez os estudos liceais e iniciou a redação dos seus primeiros textos poéticos, atribuídos a pseudónimos, entre os quais se salienta o de Alexander Search. Aos dezassete anos, deixa a família e regressa a Portugal. Traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros para inglês. Em 1913 escreveu o Marinheiro e em 1914 O Guardador de Rebanhos e o Livro do Desassossego. Entre os seus heterónimos, evidenciam-se Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, e o semi-heterónimo Bernardo Soares. Publicou poemas em inglês e colaborou em várias publicações como por exemplo a República, Teatro, A Águia. Em 1915 com Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, entre outros, funda a revista Orpheu. Conteúdos digitais em http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/EFEMERIDES/FernandoPessoa/FernandoPessoa.htm Data: até 12 de
agosto
de 2013 |
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A visita tem por objetivo apresentar os serviços e recursos
informativos da Hemeroteca Municipal. Visita gratuita. |
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Inscrições prévias
e pedidos de informação: |
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Mais informações aqui. |
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