O prometido é devido! Depois da 1.ª série, publicada entre 1900 e 1902 (e disponibilizada na Hemeroteca Digital em Abril deste ano), completamos hoje a edição em linha d’ A Paródia – a folha humorística publicou-se até 1907, estando agora integralmente acessível ao público e aos investigadores, aqui.

 

O “acontecimento” será devidamente assinalado nesta sexta-feira, com a apresentação pública da publicação, na sua versão online, no Museu Bordalo Pinheiro, às 19h, com direito a beberete e projeções de algumas das primeiras páginas d’A Paródia que ficaram na história da caricatura portuguesa, de que é exemplo “A Política: a Grande Porca”.

Fundada em Lisboa, no ano de 1900, por Rafael Bordalo Pinheiro, que assegurou a sua direção até 1905 (data da morte do caricaturista), A Paródia foi um dos jornais humorísticos mais importantes que se publicaram em Portugal no período da Monarquia Constitucional. Num editorial assinado por RBP e Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, filho do caricaturista, A Paródia definia-se como “a caricatura ao serviço da grande tristeza pública”, “a dança da Bica no cemitério dos prazeres”. Já não era O António Maria, enterrado com a Regeneração, Fontes e o Passeio Público. Era outra coisa, pois o tempo também era outro. A Paródia, diziam, “somos nós todos”, numa provocadora generalidade do retrato social português.

 Até 1905, destacam-se nas suas páginas a genialidade de RBP, que atinge aqui o auge do seu trabalho artístico como caricaturista, que o leva inclusive aos píncaros da fama. Teve ainda a ajuda preciosa do filho, MGBP, de Celso Hermínio, Jorge Cid, Manuel Monterroso, correspondente no Porto, e de João de Saavedra. O êxito d’A Paródia foi enorme, com tiragens muito próximas dos 25.000 exemplares, o que era extraordinário, face à elevada taxa de analfabetismo existente. Para saber mais sobre a história desta folha humorística leia a ficha histórica que Álvaro Costa de Matos lhe dedicou, aqui.

 

Através de uma seleção de títulos de publicação recente e para os quais a investigação na Hemeroteca Municipal foi decisiva, pretendemos chamar a atenção não só para a riqueza da nossa coleção mas também para a importância das fontes jornalísticas em trabalhos de investigação de natureza diversa. O guião da mostra pode ser consultado aqui.

Data: até 7 de setembro de 2013
Local: Átrio e escadaria da Hemeroteca

 

Fernando António Nogueira Pessoa, poeta, filósofo e escritor, nasceu a 13 de junho de 1888 e morreu a 30 de novembro de 1935, na cidade de Lisboa. Após a morte do pai, partiu para a África do Sul (Durban), onde aprendeu o inglês, língua em que escreveu desde a sua adolescência. Fez os estudos liceais e iniciou a redação dos seus primeiros textos poéticos, atribuídos a pseudónimos, entre os quais se salienta o de Alexander Search. Aos dezassete anos, deixa a família e regressa a Portugal. Traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros para inglês. Em 1913 escreveu o Marinheiro e em 1914 O Guardador de Rebanhos e o Livro do Desassossego. Entre os seus heterónimos, evidenciam-se Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, e o semi-heterónimo Bernardo Soares. Publicou poemas em inglês e colaborou em várias publicações como por exemplo a República, Teatro, A Águia. Em 1915 com Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, entre outros, funda a revista Orpheu.

Conteúdos digitais em http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/EFEMERIDES/FernandoPessoa/FernandoPessoa.htm

Data: até 12 de agosto de 2013
Local: Sala do Espelho da Hemeroteca

 

A visita tem por objetivo apresentar os serviços e recursos informativos da Hemeroteca Municipal. Visita gratuita.

Data: 3.ª a 6.ª feira, mediante marcação
Inscrição e pedido de Informação: Tel. 21 324 62 90

 

Inscrições prévias e pedidos de informação:
Serviço de Atividades Culturais e Educativas
Hemeroteca Municipal de Lisboa
Tel.: 21 324 62 90 | e-mail: hemeroteca.sace@cm-lisboa.pt
 

 

Mais informações aqui.