Daniel Pires, autor do incontornável Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX: 1900-1940 (Grifo, 1996), classifica As Quadras do Povo como uma publicação “que primava pela sua contundência, fazia apelo ostensivo à revolta e ao inconformismo”. Como? Através de uma “poesia revolucionária”, impondo-se pela “sua originalidade ao utilizar a lírica para apelar à contestação social”, acrescenta Helena Roldão na ficha histórica que lhe dedicou, e que pode ler aqui. A revolta tinha naturalmente como objetivo a Monarquia Constitucional, num registo contaminado pelo anticlericalismo da época. As Quadras do Povo foram publicadas em Lisboa, sob a direção de Hércules Severo. Contaram com a colaboração literária efetiva, anunciada como inédita, de Gomes Leal, Armando de Araujo, Augusto Gil, Dias de Oliveira e Mário Monteiro. Com uma periodicidade semanal, cada folheto era constituído pela obra de um poeta. A série completa é muita rara (na BNP existe apenas o n.º 2), pelo que a disponibilização em linha dos seis números na Hemeroteca Digital, aqui, é da maior importância para o seu estudo e conhecimento. Tal é/foi possível devido ao colecionador Emílio Ricon Peres, a quem agradecemos publicamente nova colaboração.
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PROJETO - NO CINQUENTENÁRIO DA FUNDAÇÃO DA REVISTA O TEMPO E O
MODO
Data: de 29 de janeiro
a 16 de março de 2013
EFEMÉRIDES
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