No ano em que se comemorou o 50.º aniversário deste festival, a RTP regressou à Eurovisão das canções. E, para marcar esta efeméride, a controvérsia não podia faltar: “Festival sem polémica não é festival” (Diário de Notícias). Para a edição deste ano, convidaram-se compositores/autores a apresentar uma canção e os respetivos intérpretes, tal como se decidiu a abolição do júri nacional, sendo a escolha da inteira responsabilidade do televoto. Na semifinal e na sessão final, ambas no Convento do Beato, o autor destas linhas assistiu ao frenesim dos preparativos, aos momentos de homenagem, aos desfiles dos concorrentes e à polémica instalada no final. Suzy seria o rosto principal da vitória trabalhada por Emanuel, autor, compositor e produtor de “Quero Ser Tua”. A cantora portuguesa veio do Dubai para ganhar um passaporte para Copenhaga. Uma vitória muito contestada nas redes sociais. Na Dinamarca, “I Want To Be Yours” foi a nossa mensagem universal para a Europa se interessar por Portugal, mas cantada em português. Suzy desfilou em 13º lugar, na semifinal respectiva. Antes da sua actuação, passou o postal alusivo a Portugal, que tem como tema o body painting, onde a cantora se pinta com as cores da nossa bandeira e se "dilui" nesta. Antes, viajara por diferentes países para se promover. Mas nada disto chegou para ultrapassar outros interesses, aliás, sempre referidos na imprensa e na internet. Como contornar este infortúnio? Seguramente, trabalhar mais cedo e querer ganhar.