Este mês, o título revisitado no projeto Última Edição, é o semanário Tempo. Publicou-se ao longo de 815 números, entre 29 de maio de 1965 e 29 de novembro de 1990.

Até ao final dos anos 70, o tom irreverente e anticomunista do Tempo encontrou uma grande recetividade, que ficou refletida em tiragens que chegaram a atingir os 120.000 exemplares. Mas após a constituição do primeiro governo de centro direita, com a vitória eleitoral da Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) nas eleições legislativas de 1979 e de 1980, essa retórica começou a perder audiência.

O encerramento do semanário Tempo não foi um caso isolado. Nesse ano já haviam desaparecido das bancas de rua e dos escaparates das tabacarias o semanário O Liberal (em Abril) e O Diário (em Junho), e a última edição do Diário de Lisboa saiu um dia depois da do Tempo, ou seja a 30 de Novembro. A “crise da imprensa” portuguesa era, pois, um tema recorrentemente abordado nas páginas dos jornais e objeto de análises e debates por parte das estruturas sindicais, associações e outros organismos do setor.

Conheça a última edição do Tempo, aqui.