Em 1977, Vera Lagoa editava Revolucionários que eu conheci, livro com revelações a respeito do que a autora considerava serem "certos «revolucionários» de fresca data, de conveniência, de oportunismo". O livro reúne 12 crónicas, publicadas de Agosto a Dezembro de 1976 no jornal que então dirigia, O País.

 

Com uma carreira jornalística iniciada no Diário Popular, onde a partir de 1966 lançou a coluna de crítica mundana "Bisbilhotices", depois continuada no Diário de Lisboa, embora com menor sucesso, assumiu após o 25 de Abril a direção dos jornais O Diabo, O Sol, O País, e depois novamente O Diabo.

 

Figura controversa, uns reconheciam nela uma mulher corajosa, defensora dos valores democráticos; outros viam-na como uma desbocada, facciosa e virulenta, apostada em fazer regredir as conquistas da revolução.

Conheça, aqui, a história e as repercussões deste livro, que ilustra o clima aguerrido dos primeiros anos da democracia portuguesa, e ao qual dedicamos esta edição do projeto Livros que foram notícia.