Em Outubro de 1959, surgia no panorama editorial português a Almanaque. Embora formalmente não se apresentasse como publicação periódica (como estratégia para fugir à censura prévia), a revista publicou-se regularmente, a um ritmo mensal, até Maio de 1961.

Embora a generalidade dos textos não seja assinada, sabemos que a redação incluía nomes como Alexandre O'Neill, José Cutileiro, Luís de Sttau Monteiro, Augusto Abelaira, Vasco Pulido Valente e Baptista Bastos, com orientação gráfica de Sebastião Rodrigues e, como mentor e grande dinamizador do projeto, José Cardoso Pires, em torno do qual as Bibliotecas de Lisboa estão a promover um ciclo de atividades.

Disponível a partir de agora na Hemeroteca Digital, aqui, com ficha histórica da autoria de Sara Campino, a apresentação da disponibilização em linha desta importante e inovadora revista terá lugar na Biblioteca Camões, no dia 29 de Novembro, 5.ª feira, às 18.00 horas, com a presença de Sara Campino e do designer José Brandão. Teremos todo o gosto em contar com a sua presença nesta sessão.

 
 
 

Começou a ser escrito em Londres no Natal de 1969, embora só tenha vindo a ser publicado em Maio de 1972. José Cardoso Pires, com a cumplicidade de João Abel Manta, protagoniza com Dinossauro Excelentíssimo o episódio mediático que tratamos nesta 11.ª edição dos Livros que foram Notícia.

 

Sob a forma de uma fábula, o livro não deixa dúvidas quanto à identidade da figura que lhe dá título:  António de Oliveira Salazar, cujo percurso pessoal e político é satirizado com um humor corrosivo.

 

O livro foi um best seller, com 6 edições identificadas até ao 25 de Abril de 1974. A imprensa dedicou-lhe várias páginas, mas foi certo discurso na Assembleia Nacional que lhe veio dar maior destaque, e de alguma forma contribuir para a não apreensão do livro que a "imprensa do regime" não hesitou em qualificar de "inferior e repugnante".

 

Conheça o episódio aqui.