Os dois títulos que divulgamos hoje, ambos edições da autarquia e compostos nas suas Oficinas Gráficas, têm Lisboa como tema central.

A primeira, Inventário de Lisboa, publicou-se em 12 fascículos, entre 1944 e 1956, da responsabilidade do olisipógrafo Norberto de Araújo (os primeiros 10) e de Durval Pires de Lima, com capa de Martins Barata, ilustrações de José Espinho, Carlos Ribeiro e Rosa Duarte, e fotografias de Horácio Novais.

A obra, nas palavras de abertura, vinha preencher uma lacuna, já que "entre tantas publicações, felizmente já editadas, acerca de Lisboa, nenhuma existe que mostre ao arqueólogo, ao historiador, ao artista, numa palavra, aos estudiosos, em obra de conjunto, o que, em verdade, a Cidade contém digno de estudo ou de admiração".

O Inventário de Lisboa persiste, ainda hoje, como obra de referência para o estudo do património edificado, incluindo "monumentos nacionais e municipais, palácios, antigos paços, igrejas, ermidas, restos conventuais, edifícios públicos, quanto existe das defesas arqueológico-militares, túmulos, cruzeiros, chafarizes, obeliscos, monumentos consagratórios, elementos heráldicos, ruínas, portas, etc., inclusivé o que, embora propriedade particular, se entende pertencer ao património espiritual da cidade. Fica agora disponível, aqui.

Num outro registo, O Poema de Lisboa, de Augusto de Santa Rita, editado postumamente (1957), "dum tão terno, fragrante e sentido lirismo citadino", canta os espaços, os costumes e as figuras tradicionais da cidade.

A edição, de assinalável esmero gráfico, surge enriquecida pelas ilustrações de Paulo Ferreira, e fica agora disponível, aqui.