Chegados à semana dos Óscares, a grande festa de Hollywood vem colocar o cinema na ordem do dia. À semelhança do que fizemos em 2014, voltámos a explorar a coleção da Hemeroteca em busca de títulos de publicações cinematográficas que nos permitissem revisitar a história da 7.ª arte.

Desta vez, o resultado foi um conjunto de 4 títulos, com datas de edição entre 1928 e 1942, cujas cópias digitais passam agora a ficar disponíveis, em linha, na Hemeroteca Digital. Remetem-nos, todos eles, para um tempo em que o cinema - "arte do silêncio", como é nomeado no editorial do n.º 1 da revista Cine - se assumia no conjunto da indústria de entretenimento e lazer como um fenómeno em expansão, patente no número de salas de projeção, no aparecimento de cineclubes, mas também na profusão de títulos de imprensa especializada, atentos ao que se passava lá fora (destaque para o cinema de Hollywood, mas também para o cinema europeu) e empenhada em defender e promover a produção nacional.

Destacamos ainda o álbum sobre cinema que criámos no Flickr, que pode visitar aqui, e que continuaremos a alimentar nos próximos dias.
 

     

Cine : revista mensal de arte cinematográfica, publicada em Lisboa, contando com Paulo Frazão como diretor e Calderon Diniz como editor. Dos 19 (?) números que editou entre 1928 e 1931, disponibilizamos os 4 que constam na nossa coleção.

 

Cinegrafia, outro título de Lisboa, dirigido por Jorge Pereira e com Américo Faria como editor principal, publicado entre 1929 e 1930, num total de 24 (?) números, dos quais disponibilizamos os 6 existentes na nossa coleção.

     
 

     

O filme : semanário de propaganda cinematográfica, um projeto editorial de Setúbal, com uma curta existência de apenas 5 números publicados em 1934, e que disponibilizamos completo. Dirigido por Miguel Manjúa e com Jacques T. da Silva como editor, apresentava-se na primeira página como "o único jornal da especialidade que se publica no país".

 

Animatógrafo, publicada semanalmente em Lisboa, em 3 séries, entre 1 de Abril e 10 de Julho de 1933 e entre 11 de Novembro de 1940 e 22 de Maio de 1942, num total de 90 números. Disponibilizamos esta coleção completa, salvo ocasionais vestígios de utilizações menos escrupulosas... Contou direção de António Lopes Ribeiro (para além de crítico de cinema, teve uma profícua carreira de realizador e produtor, com o seu nome ligado a filmes como O Pai Tirano, Gado Bravo, Amor de Perdição, ou os filmes de regime Feitiço do Império e A Revolução de Maio), João Pereira e Sousa como editor e Félix Ribeiro (que seria anos mais tarde fundador e primeiro diretor da Cinemateca) como secretário de redação.