Juntamos hoje ao nosso dossier digital comemorativo da I Guerra Mundial duas importantes publicações periódicas para o estudo da deste conflito.

 

Da Revista Militar, título cuja origem remonta a 1849, disponibilizamos a cronologia 1914-1922.

 

Nos anos da Grande Guerra, a direção da revista foi presidida pelo general de divisão José Estevão Moraes Sarmento. O conflito militar mereceu toda a atenção da revista, pode dizer-se que se tornou o tema preponderante, sobretudo a partir do momento em que a Alemanha declarou guerra a Portugal, em Março de 1916. Essa abordagem ficou plasmada numa grande variedade de textos, redigidos por um vasto leque de colaboradores − muitas vezes eivados de menções patrióticas, mas completamente alheios às querelas político-partidárias que agitavam o país – e também reproduzidos a partir da imprensa estrangeira. O conjunto inclui desde reflexões mais gerais e filosóficas sobre o que lança os povos para a guerra e o que conduziu ao conflito presente em concreto, e como se constrói a paz; questões de ética, justiça e até de cultura; textos informativos e noticiosos sobre a organização militar nos diferentes países e sobre os confrontos em curso; a evolução do armamento, da logística, da tática e da estratégica; e também textos de história militar, biografias, bibliografia, etc., etc. [ler mais]

     
 

O Espelho : jornal illustrado, publicou-se em Londres, inscrevendo-se nas estratégias de propaganda inglesa, e tendo como mercado Portugal e o Brasil.

 

A presença ou visibilidade de Portugal n’O Espelho assumiu alguma expressão a partir da declaração de guerra da Alemanha a Portugal, em Março de 1916. Considerando que O Espelho era um jornal de propaganda inglesa, merece sublinhado o facto de os artigos que nele foram sendo publicados, a partir de Março de 1916, não assumirem um discurso sintonizado com a tese da reserva inglesa à participação portuguesa na guerra, pelo contrário.

 

Na verdade, o discurso publicado n’O Espelho não só revela empatia para com a «jovem republica» e denuncia e critica a ação politicamente desestabilizadora «de certos monárquicos lusitanos», como defende, aparentemente com orgulho, que o que movia Portugal para a guerra era a fidelidade portuguesa à velha aliança luso-inglesa.   [ler mais]